segunda-feira, 19 de julho de 2010

4 - A festa

Quando entramos na república eu tomei um susto, era impressionante a decoração que o Mateus e a Jéssica fizeram, eles sempre faziam coisas lindas, mas desta vez era impressionante, luses de neon por todos os cantos e bolinhas nas paredes, nas lâmpadas, no balcão do barman, até a piscina estava cheia de bolas, completamente lindo. 
Como chegamos um pouco cedo, só os mais íntimos já estavam lá, e a Marília nos recebeu com um sorriso enorme, eu podia sentir o quanto feliz ela estava, era como se a atmosfera de fora estivesse dentro dela e ela brilhava radiante. 
_ Que bom que chegaram! - Marília me disse sorrindo e eu a abracei.
_ Não perderia por nada! - Disse entregando o pacote para ela, tinha comprado no começo da semana, era um vestido que achei a cara dela. _ Eu também me lembrei! - E o André também entregou o pacote dele, mas eu fiz a compra para ele, homens. Era uma sandália que combinaria perfeitamente com o vestido.
_ Não me enrola que eu sei que não foi você quem comprou André! Mas tá valendo, vamos ver o que é. - Ela abriu o pacote e sorriu satisfeita, eu tenho certeza que ela gostou. _ É a minha cara Alexa! Obrigada a vocês dois, amei!
_ Não precisa agradecer, esta noite é sua! 
_ Claro que é! Vamos! 
Fomos nos juntar ao pessoal, estavam todos muito felizes, eu estava feliz, o clima era maravilhoso, os meus amigos eram maravilhosos e não tinha como não se deixar levar, mesmo que você tivesse um grande problema. 
Os convidados foram chegando, a festa se animando e por volta das doze horas todos provavelmente já haviam chegado. Eram cerca de 100 convidados, pessoas de todos os tipos, a maioria todos nós conhecíamos, salvo à novos amigos, colegas de trabalho, de faculdade que todos nós tínhamos a liberdade de convidar. 
Fui até o balcão pegar uma bebida com o barman, e enquanto ele preparava me pus a observar as pessoas. Num canto estavam os assumidos: Rafa, Paulo, Marquinhos, Pedro, Biel, Heitor, Flávio e Lê, provavelmente caçando, como eles próprios diziam. Perto da piscina Marília, Camila, Taís, Fernanda e Jéssica, pela expressão delas eu imaginava que a Marília e a Camila estivessem discutindo sua relação conturbada com Taís e Fernanda e ao mesmo tempo alfinetando uma a outra. No gramado que virou pista de dança várias pessoas dançavam, batiam cabelo e desciam até o chão, não era à toa que era a nossa festa. E no canto da pista um grupo conversando, Mateus, meu irmão e mais alguns garotos que eu conhecia superficialmente, exeto um.
Eu olhei mais atentamente e havia um daqueles garotos que eu realmente não conhecia, porque eu não me esqueceria se já tivesse visto aquele rosto, simplesmente porque mesmo estando um pouco longe eu pude concluir que ele era absolutamente lindo.
Naquele momento um súbito impulso passou pelo meu corpo e eu só pude ter a certeza que eu tinha que ir até lá. Peguei a bebida e entrei no ritmo da música, caminhando a longos passos.
Quando me aproximei dei um abraço por traz do meu irmão e falei discretamente ao seu ouvido "Quem é ele de camiseta vermelha?".
Num movimento que eu chamei de habilidoso o André me puxou para o seu lado e e me apresentou ao grupo.
_ Esta é a minha irmã, Alexa. 
_ Ah, mentira, né? - Brincou Mateus. 
Mostrei a língua para ele brincando e disse:
_ Você não conta Mateus. Olá meninos. - E sorri um sorriso que eu esperava que escondesse as minhas más intenções quanto a um dos membros do grupo.
Eles me cumprimentaram dizendo seus nomes até que ele, depois de alguns intermináveis segundos falou. 
_ Oi, muito prazer, Luís. - E então sorriu um sorriso perfeito.
Nesse momento eu olhei atentamente para ele, disposta a não perder nada. Seus cabelos escuros ficavam na altura das orelhas em um penteado não proposital que jogava uma mexa por cima de sua testa, seus olhos eram verde-claríssimo, mais claros que os meus e pincelados por cílios grandes e pretos, as formas do seu rosto claro eram simetricamente perfeitas, cada linha era como o resultado preciso de um cálculo. E finalmente o sorriso, dentes brancos e perfeitos fazendo uma curva sutil para cima, como se fosse esculpido. 
Ele olhou bem fundo nos meus olhos, provavelmente esperando uma resposta ao seu cumprimento, a resposta que eu havia esquecido de dar depois de tomar consciência do tamanho de sua beleza. Quando me dei conta, respondi rapidamente.
_ É... Oi! - Sorri novamente.
Depois disso me enturmei e compartilhei a conversa do grupo, com a ajuda da bebida joguei alguns olhares para ele e eu notava que ele sempre estava prestando atenção e encarava de volta, mas não passou disso, por mais que eu jogasse conversas no ar ele nunca falava comigo. Então eu me afastei, voltei ao bar, se ele quisesse teria que ir falar comigo, eu já havia dado o primeiro passo.
Encostada no balcão e olhando nada disfarçadamente para a roda reparei que às vezes ele olhava também. Então a Gabi chegou e começou a conversar comigo, me pedindo uma opinião sobre o Mateus, ele já tinha agido com ela e eu fiz o meu papel de amiga. 
De repente senti uma mão quente nos meus ombros e uma voz se direcionou à Gabi e disse:
_ Posso roubar sua amiga? - Era ele, aquela voz grave e um pouco rouca era dele, e quase não acreditei. 
_ Claro. - A Gabi disse e saiu piscando para mim. 
Eu me virei para ele.
_ Oi Alexa! - ele disse sorrindo para mim.  

sexta-feira, 16 de julho de 2010

3 - André

Terminei com os telefonemas na quinta, ainda na redação e depois do meu expediente fui para casa, decidida a ficar por lá, poupando energia pro final de semana agitado que eu certamente teria. 
O dia da sexta-feira passou rápido, quando voltei para casa passei pela Vivi na sala, conversei brevemente com ela e fui direto para o banho  para começar a me arrumar, estava curiosa quanto à decoração que o Mateus e a Jéssica fizeram, eles já estavam especializados na tarefa. Enquanto secava os cabelos André entrou no meu quarto pra me atormentar um pouco como de costume. 
_ Olha que gatinha a minha irmã. - Ele me disse com aquele sorriso lindo que eu amava.
_ Ainda não estou gatinha, mas é a intenção pra hoje. Você vai, não é? 
_ Claro, você realmente acha que eu perderia uma festa da Marília? - Ele já tinha adquirido certa afinidade com os meus amigos, eu sempre fazia questão de chamá-lo para as festas.
_ É, acho que não. Vai comigo?
_ Eu não confio em você dirigindo, sabe como é. - Ele sabia que eu era boa no volante e que eu odiava que disessem o contrário. 
Fiz bico e não respondi. 
_ Tá bom, eu estou com vontade de arriscar a minha vida hoje, pode ser. - E sorriu mais uma vez pra mim. 
_ Às dez, sem atrasos. - Eu disse ainda séria. 
_ Ok comandante, já pro banho. - E saiu.
Acabei de me arrumar, dei uma checada nos e-mails e às dez chamei o Dé para irmos. Subimos no carro e coloquei pra tocar uma daquelas músicas que a gente adorava. 
_ Um pouco de rock para abastecer, vai ter muita eletrônica por lá! - eu disse. 
_ Tomara que a gente sobreviva!  - Ele riu.
_ Eu acho que é provável.  - Eu ri de volta.
_ Tá a fim de alguém hoje?
_ Não, nenhum plano, na verdade ando com pouquíssimos planos neste sentido últimamente. 
_ Você anda trabalhando muito, alguém já te disse?  - Todo mundo me dizia, será que o trabalho havia me mudado tanto?
_ Dizem, mas eu sempre respondo que gosto do que eu faço, me sinto bem, você sabe que eu sempre quis trabalhar com isso. - Sorri.
_ É eu sei, deve ser ótimo ter certeza do que se quer.
_ Você certamente tem alguma experiência em não ter certeza. - Eu disse rindo, mas eu imaginava que meu irmão devesse se sentir um pouco perdido, ele não era muito bom em terminar coisas, sempre tinha um plano fracassado pra contar. Tinha vinte e três anos e três faculdades trancadas. Agora estava no primeiro ano de Publicidade e eu torcia muito por ele.
_ Pois é, mas eu acho que este ano as coisas vão mudar, eu estou gostando da faculdade, tirando esta aula que você está me fazendo assassinar friamente hoje e trabalhar com o tio na loja tem sido bom também.
_ Um assassinato de vez enquando é bom para aliviar os stress e você sebe que para mim nunca vai importar o quanto você errar, você sempre vai ser o melhor para mim, o meu preferido. - Eu disse quase chorando, sim, eu também andava mais emotiva nos últimos tempos, devia ser influência da gravidez da Vivi, mas era totalmente verdade, o meu irmão era uma parte tão grande de mim que era inexplicável o tamanho do meu amor.
Ele deu de novo um largo sorriso e zombou de mim um pouco para não perder a chance. _ Eu sei que deve ser difícil pra você, mesmo sendo minha irmã, ter um irmão assim tão irresistível! 
_ Ha Idiota! Eu falando uma coisa tão bonita e você fazendo piada! - Esbravejei. 
_ Você sabe que também é minha preferida. 
_ Claro que sei. - Eu sabia, a nossa ligação sempre foi muito recíproca, mesmo a Vivi tendo cuidado de nós dois quando criança, pois tinhamos só dois anos de diferença enquanto ela era dez anos mais velha que eu, nós sempre fomos mais ligados, Vivi sempre teve ciúmes disso porque brincávamos juntos, estudamos na mesma época e eu sempre quis fazer parte da turma dele, pelo menos até eu começar a jogar volei, o momento em que conheci os meus próprios amigos, o maior encontro de todos, como quem acha o maior tesouro do mundo.
Estacionei na frente da República e nós cantamos juntos o refrão da nossa música preferida que estava tocando: "With the lights out it's less dangerous, here we are now entertain us, I feel stupid and contagious". Desliguei o som, entramos na república.    

terça-feira, 13 de julho de 2010

2 - Anarquia

Outra semana estava terminando, e pelo menos enquanto o meu celular não tocasse eu estaria livre para descansar o final de semana, mas eu sabia que descansar seria a última coisa que eu faria, era aniversário da Marília e nós estávamos organizando a festa dela. O maior problema organizacional era exatamente a festa ser da Marília, tinha que ter TUDO, absolutamente, era tradição nestes anos todos as festas dela serem sempre as melhores, começavam na sexta a noite e terminavam apenas no domingo, pelo menos para os mais chegados.
Sentada na minha mesa na redação do jornal, dando alguns telefonemas para avisar o pessoal, eu comecei a recordar de quanto tempo, exatamente, significam todos estes anos em que estamos juntos, eu e os meus amigos. Me lembrei do nosso time de volei, categoria infantil, tínhamos todos entre 15 e 18 anos. Em momentos de nostalgia todos nós concordávamos que aqueles foram os melhores anos, os treinos diários, as viagens e as descobertas. O tempo foi passando, nós crescemos, nos tornamos adultos, pelo menos na teoria, e ainda estávamos juntos, não com os mesmos números, alguns se mudaram, preferiram outras companhias, mas nós ainda estávamos juntos, como sempre sonhamos, no que parecia ser uma amizade eterna. Eu não conseguia me lembrar de uma vida sem eles, não havia vida sem eles.
Há dois anos tudo estava como nós planejamos na adolescência, uma república anárquica para morarmos juntos, sem muitas regras, do jeito que a gente sempre quis. Eu decidi não ir morar com eles, acho que na casa da minha família eu tenho o espaço suficiente, e como na época minha irmã estava casada eu imaginei que minha mãe sentiria muito a minha falta. A Marília não morava lá também, como ela sempre foi a menos provida de juízo a mãe dela, tia Tânia, sentiu necessidade de prendê-la em casa por mais alguns anos e enquanto me lembrava disso acabei concordando que ela esteve certa, aquela república não poderia viver de festas todos os dias. Então ficaram por lá o Mateus, Camila, Pedro, Jéssica e o Rafa que depois de voltar mais uma vez para o nosso interior gostou da ideia de não voltar a morar com os pais, mas aos finais de semana, eu e a Marília morávamos lá também, de qualquer forma.  
Despertei das lembranças com o meu celular particular tocando ao mesmo tempo que fazia uma ligação pelo fixo. Era o Mateus.
_ Oi
_ E ai gatinha, tá livre hoje? - ele brincou. 
_ O meu celular ainda me avisa quando você está ligando. 
_ Mau humorada? 
_ Não, só com uma lista enorme de gente pra avisar. 
_ Já chamou a Gabi?
_ É mesmo pra chamar? A Marília não gosta muito dela. - A Gabi era uma das minhas amigas da faculdade, a que eu mais gostava, e a que o Mateus estava a fim. 
_ A Má diz isso porque a Gabi não quis beijar ela aquele dia no barzinho
Me lembrei nesse momento de como fiquei constrangida com a Marília por ter falado com ela sobre isso na frente de todo mundo, a Gabi ficou azul de vergonha, ela não era gay e depois daquilo ela custou a acreditar que eu também não era. A Marília não correspondia ao estereótipo que existe em cima das lésbicas (e ela odiava ser chamada assim), mas de uns anos pra cá, mais precisamente quando decidiu contar sobre suas preferências para os pais, que certamente já sabiam, era uma devastação de revelações quando abria a boca, nós já estávamos acostumados, porque quando era só entre nós era sempre assim, mas quando ela começou a fazer essas revelações pra pessoas de fora, logo de cara, foi um pouco constrangedor. Como sempre a Camila odiou e elas até brigaram por isso uma vez.
_ Alê? - Ele chamou minha atenção.
_ Desculpe, é pode ser por isso, mas talvez tenha mais a ver com a reação desconsertada da Gabi no episódio, mas tudo bem, eu chamo. - Não pude evitar rir com a lembrança.
_ Ok, então, quando terminar me dá um toque pra dizer quem topou. 
_ Tá eu ligo, até amanhã então. 
_ A lista é tão grande assim?
_ Certamente. É a festa da Marília, lembra?
_ É, claro. - Ele riu - Tudo bem então. Vem me ver hoje?
_ Provavelmente não, tenho muito trabalho pra terminar.
_ Você ainda vai morrer com tanta ocupação! - Ele disse, tentando ser sério.
_ Espero que a minha festa de enterro seja bastante animada! - Eu brinquei, afinal eu gostava das minhas responsabilidades, já ele, gostava mesmo era de fingir que gostava das suas, eu já sabia.
_ Pode deixar! Beijo!
_ Beijo! - Desliguei.
Eu mal podia esperar pela festa, estava um pouco entediada, precisava de ação! Tinha certeza que nada seria melhor que uma festa para resolver isso.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

1 - Que tal um começo? De onde eu vim, talvez?

Sempre foi muito bom falar da minha família, sempre foi confortável de mais, era fácil pertencer a ela e eu acho que ainda posso sentir isso. 
O nosso pilar sempre foi a nossa mãe, Nívea, a minha linda mãe. Quem a vê parecendo tão delicada não pode imaginar o quão forte ela é, é como se cada célula de seu corpo fosse revestida do mais forte metal e gases nobres correcem por suas veias. Foi sempre ela quem segurou tudo. De todas as certezas que eu já tive a oportunidade de ter, a mais certa era de que ela sempre estaria lá, apesar de qualquer coisa, ela estaria.
Depois vem o meu pai, Joaquim, será que existem palavras que poderiam descrevê-lo? Eu só sei que ele é a pessoa mais inteligente e admirável que eu conheço, e ao mesmo tempo é a pessoa mais burra que eu conheço, nunca soube usar a mente privilegiada que tem. Meu pai é só emoção, e o amor que eu tenho por ele é absolutamente imenso, infinito, tão imenso quanto o estúpido talento que ele tem de saber nos magoar e nos decepcionar. É tão complicado!
E então a minha irmã, a mais velha, aquela que cuidou tanto de mim, a minha Táta, Viviane, que é tanto pra mim, tanto, que eu nem sei. Mas tudo havia mudado tanto entre nós, nesta dela se casar e depois voltar para casa com uma barriga para crescer nos pegou de surpresa, me pegou muito de surpresa e eu estava boquiaberta, mesmo tentando muito parecer normal. A minha irmã seria mãe? Era tão difícil de acreditar como se isso de tratasse de mim me preparando para a maternidade. 
E por último, mas não menos importante (e se lesse isso ele diria "Puta clichê!"), ele, o meu cabeção, coisa chata, horroroso, retardado, lindo de morrer, irmão do meio. André, o Dé, aquele que desde criança eu acordo todos os dias querendo matar. Eu e o resto da família. 
E tudo isso éramos nós, e todos eles eram eu, os olhos da mãe,  o temperamento do pai. Eu era, nesse ponto, uma recém formada jornalista, trabalhava em uma redação de jornal, e gostava muito do meu trabalho, era uma coisa em que eu era boa e é sempre bom saber que em pelo menos alguma coisa você é realmente boa. 
Morávamos eu, minha mãe e meus irmãos na mesma casa, meu pai morava com a minha avó desde a separação, minha Vó Jandira que era um caso a parte, e nós estávamos todos muito ansiosos pela chegada de mais um integrante, ou mais uma, não sabíamos ainda, estávamos todos muito ansiosos. 
A nossa casa já estava precisando de várias adaptações, preparativos de quarto, talvez precisaríamos de algumas trocas, enfim tudo isso. No próximo pré-natal ficaríamos sabendo o sexo. Eu queria menino, o Dé queria menina e pro resto não tinha importância, mas eu pensava que outro menino seria o equilíbrio para a família, seríamos três homens e três mulheres, perfeito!  

Prólogo (Como se isso fosse um romance? Bem, é uma longa história)

"As nossas escolhas são tudo, são a única coisa que podemos controlar
As escolhas que fizemos até hoje e que faremos inevitavelmente daqui para frente marcaram e marcarão para sempre as nossas histórias, marcaram a minha história e foram a única coisa que eu pude controlar.  
Mas eu só obtive este controle quando se tratavam realmente de escolhas, existem coisas que parecem escolhas, mas não são, são características, são fatos, são circunstâncias, são simplesmente o que somos, desde sempre. Algumas pessoas escolhem que não se deve lutar contra o que se é, eu vi pessoas se aceitando e vivendo finalmente felizes. Eu vi pessoas se negando, errando com a sua escolha, pensando que se trata de escolher ser ou não o que se é, quando se trata simplesmente de aceitar-se ou não; eu vi estas pessoas nunca poderem estar completas.
Eu já senti a alegria de escolher certo, eu já senti a tristeza de escolher errado. Eu já me arrependi de ter feito uma escolha errada, mas o momento em que eu mais senti, o meu pior momento, foi quando eu tinha certeza que havia feito a escolha certa, mas eu preferia voltar atraz e sofrer as consequencias do erro que eu estava disposta a cometer.